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sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O vazio. .



. [...] É aquela coisa que fica depois do nada, do fim da linha, da solidão. É aquela temida realidade depois do "felizes para sempre" e o começo depois das reticências. O vazio fica quando a porta se fecha e a cópia da chave é deixada sobre a mesa, e tudo que você quer é um lugar pequeno e íngreme para se encolher. E debulhar-se em lágrimas de desespero, angústia e tristeza. O vazio é também aquilo que sentimos quando não sabemos quem somos, e porque estamos aqui. Vazio de não ter nada a fazer no mundo, do medo de não ser aquele que faz a diferença. Vazio dá-se quando tudo o que você vê já não faz mais sentido. Quando tudo que você conhecia já não existe mais e você tem a missão de continuar sozinho. E é sozinho que nós vivemos e sobrevivemos, tão dentro de nós que até mesmo o vazio se mistura com tudo o que não se consegue denominar. A coisa mais difícil a se fazer é tentar preencher as lacunas de nossas vidas com as peças certas. Um quebra cabeça tão bem desmontado que talvez algumas pessoas não consigam remontar.
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